Goleadores do time na temporada, eles formam uma parceria afinada, que ganhou até vinheta do Fantástico e lembra outras duplas de sucesso
O Grêmio confia nos gols da dupla Lu-Lu para vencer a Chapecoense na noite desta quinta-feira (8), às 20h, na Arena Condá. Artilheiros do time nesta temporada, Lucas Barrios, 12 gols, e Luan, 11, formam uma parceria afinada, que ganhou até vinheta do programa Fantástico, da Rede Globo.
Com ótimo início de ano, fazem a torcida recordar de outros atacantes que marcaram época no clube. É o caso de Paulo Nunes, que até hoje é lembrado por seus gols e pelos cruzamentos precisos que fazia a Jardel na campanha do bi da Libertadores em 1995. Ele se diz admirador do futebol de Luan.
— É o melhor jogador que o Grêmio tem. O Luan é inteligente, não tem medo de tentar a jogada. Passou por uma má fase, mas retomou seu melhor desempenho. Como dupla, Luan e Barrios têm muito a crescer, estamos recém no início do campeonato — observa Nunes, que elogia o trabalho de Renato à frente da equipe.
O ex-atacante também lembra de seu entrosamento com Jardel para aconselhar a nova dupla gremista.
— A gente treinava muito. O Felipão fazia com que a gente se procurasse nos treinos. Éramos muito amigos, por isso a gente combinava várias jogadas. O entrosamento vai muito da química, é igual relacionamento. Isso também vale no meio do futebol. Foi absurdo o que jogamos juntos e o quanto deu certo — completa o ex-camisa 7.
Decisiva na conquista do Brasileirão 1981, a primeira em nível nacional do Grêmio, a dupla Baltazar e Tarciso também marcou época no clube. Homem de área, o "artilheiro de Deus", que marcou o gol do título sobre o São Paulo no Morumbi, lembra com carinho da parceria.
— Era uma coisa impressionante como a gente se sentia bem. Eu explorava muito a velocidade que ele tinha, sabia onde ele passaria a bola. O início de Luan e Barrios é muito bom, mas ainda é cedo para fazer uma avaliação. O campeonato é longo e difícil — entende Baltazar.
Na conquista do tetra da Copa do Brasil, em 2001, o técnico Tite contava com dois atacantes velozes no setor ofensivo: Luís Mário e Marcelinho Paraíba. Embora tivessem características diferentes em relação a Barrios e Luan, também demonstravam vocação para marcar gols.
Na final contra o Corinthians, Luís Mário foi o protagonista de uma reação impressionante no Olímpico, buscando um empate em 2 a 2. No Morumbi, coube a Marcelinho marcar o gol do título. A parceria, lembra Luís Mário, foi de sucesso.
— Para dar certo, uma dupla de ataque precisa de jogadores inteligentes. Ele era veloz e eu também. A gente se completava bem, um casal quase perfeito. O Luan é muito técnico e o Barrios joga mais centralizado e cai pelos lados quando necessário. Os dois têm qualidade e sabem fazer gols. Tem tudo para dar certo — opina Luís Mário.