Desdobramento de fase da Lava Jato, Operação Étimo mobiliza policiais em três cidades gaúchas
Policiais Federais no Rio Grande do Sul deflagraram na manhã desta quarta-feira (16) a Operação Étimo, que visa combater crimes de lavagem de lavagem de capitais, evasão de divisas, crimes contra o sistema financeiro nacional e corrupção. A operação é um desdobramento da 26ª fase da Lava Jato – a operação Xepa – no Estado.
Mais de 50 policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Canoas, Glorinha e em Brasília. Também foram autorizados pela Justiça Federal o sequestro de bens e o afastamento de sigilo dos investigados.
A investigação foi desencadeada a partir de dados obtidos durante a Operação Xepa, em março do ano passado – na ocasião, o doleiro Antônio Cláudio Albernaz Cordeiro foi preso em Porto Alegre. A PF apurou um esquema envolvendo a lavagem de dinheiro por meio de entidade associativa ligada a grandes empreiteiras.
De acordo com a PF, a entidade recebia das empreiteiras um percentual do valor de obras públicas realizadas no Estado. Contratos de assessoria entre a entidade associativa e empresas de fachada eram utilizados para dar aparência de legalidade às operações financeiras de retirada de valores dessa entidade. A movimentação ilegal desses recursos, no Brasil e no exterior, sua origem e sua destinação, são objeto de investigação pela Operação Étimo.
O nome da Operação é uma referência à origem das informações que possibilitaram o aprofundamento das investigações. Étimo é um termo que exprime a ideia de origem, que serve de base para uma palavra, a partir da qual se formam outras. Uma entrevista coletiva às 10h detalhará informações da operação.