Político sofreu impeachment em 2017 pelos mesmos crimes da investigação
Luiz Américo Alves Aldana, prefeito que sofreu impeachment em 2017, e outras nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MP) à Justiça Federal pelos crimes de organização criminosa, vantagens pecuniárias e de cunho político, mediante licitações fradulentas e peculato entre a prefeitura e empresas beneficiárias do esquema. Embora afastado, Aldana ainda estava no cargo.
O MP em ação com a Procuradoria de Prefeitos e a Promotoria de Justiça de Montenegro, identificaram provas de desvio de verba pública além de licitações e editais beneficentes a determinadas empresas, cujos valores estavam acima do mercado. Os donos da empresa também foram denunciados à Justiça, por terem suas empresas envolvidas nas fraudes das obras.
Segundo a denuncia, Aldana e os suspeitos teriam cometido sucessivos desvios e fraudes em licitações que beneficassem empresas envolvidas do esquema em contratos e editais referentes ao transporte escolar e obras de infraestrutura, além de contratos em obras de cunho emergencial. Um empresário e um servidor foram presos durante a ação. Segundo a investigação, o funcionário público ganhava 5% dos valores arrecadados pela construtora, por cada licitação, contrato, aditivo ou emprenho firmados entre o município de Montenegro e a construtora.
O Ministério Público entrou com pedido de bloqueio total dos R$ 13 milhões em bens do ex-prefeito e a suspensão do exercício de atividade econômica referente às empresas do investigado.