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Bélgica não desiste, vence Japão de virada e enfrentará Brasil nas quartas

Belgas venceram japoneses por 3 a 2

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02/07/2018 - 17h50min EFE / Foto: EFE/Epa/Roman Pilipey Corrigir

Conhecida pelo apelido de Diabos Vermelhos, a seleção da Bélgica foi do inferno ao céu na Copa do Mundo nesta segunda-feira (2), ao levar dois gols e conseguir uma vitória de virada sobre o Japão por 3 a 2 no último lance do jogo pelas oitavas de final, e com isso vai enfrentar o Brasil na próxima sexta-feira em busca de uma vaga nas semifinais.

Na primeira metadde do jogo, o sempre exaltado bom futebol da balada "ótima geração" da Bélgica não apareceu, enquanto os Samurais Azuis exerceram forte marcação pressão e ainda conseguiram levar perigo ao gol de Thibaut Courtois, que quase foi para o intervalo com um frango na conta, após falha nos instantes finais.

Os japoneses abriram o placar aos três minutos da etapa final, com o meia-atacante Genki Haraguchi, e ampliaram aos 7, em linda finalização do meia Takashi Inui. Pouco depois, aos 24, o zagueiro Jan Vertonghen descontou, e, aos 28, o meia Marouane Fellaini, que havia acabado de sair do banco, igualou.

Quando tudo levava a crer que o duelo iria para a prorrogação, aos 49, em contra-ataque fulminante iniciado com as mãos de Courtois, os belgas conseguiram a virada e a vaga nas quartas de final com gol do meia Nacer Chadli, outro que também começou a partida como reserva.

Depois da vitória de hoje, os Diabos Vermelhos enfrentarão nesta sexta-feira (às 15h de Brasília) o Brasil, que mais cedo derrotou o México por 2 a 0. Este será o segundo encontro entre as duas seleções em Copas do Mundo. No primeiro, em 2002, os então tetracampeões levaram a melhor por 2 a 0, com gols de Rivaldo e Ronaldo, nas oitavas de final de uma campanha que terminaria com a conquista do penta.

Para o jogo em Kazan, a Bélgica voltou a utilizar os titulares. Com relação a escalação para o duelo com a Inglaterra, pela última rodada do grupo G, o único que voltou a atuar foi o goleiro Courtois. A principal novidade apresentada pelo técnico Roberto Martínez foi a presença do zagueiro Kompany, recuperado de lesão, que ganhou a posição de Boyata.

Comandado por Akira Nishino, o Japão, que também utilizou reservas no desfecho do grupo H, em derrota para a Polônia, mandou a campo exatamente a mesma formação que derrotou a Colômbia na estreia e empatou com o Senegal na segunda rodada.

Com a bola rolando, apesar do favoritismo dos Diabos Vermelhos, foram os Samurais Azuis que levaram perigo primeiro. Logo no primeiro minuto, Kagawa recebeu livre na entrada da área e bateu firme, à esquerda do gol defendido por Courtois.

Sofrendo forte marcação, os belgas demoraram a conseguir atacar. Ainda assim, quando o fizeram, esbarraram em uma muralha de defensores. Aos 14, Hazard desceu bem, passou para Mertens, que, por sua vez, inverteu para Carrasco na extrema esquerda, mas a jogada parou em ótimo desarme de Haraguchi.

Sem a mesma qualidade que mostrou na fase de grupos, a Bélgica chegou na base da vontade aos 25. Após cruzamento de Mertens da direita, Lukaku se antecipou a Yoshida, o que significou ficar frente a frente com Kawashima. Atrapalhado pelo zagueiro adversário, no entanto, o goleador não conseguiu finalizar.

Precisos, os japoneses foram efetivos novamente aos 31, em jogada rápida pela esquerda. Kagawa recebeu na área e deu passe de calcanhar para Nagatomo, que cruzou a bola no segundo pau e encontrou Inui. O meia apareceu nas costas da zaga, mas testou fraco para a defesa de Courtois.

Aos 45, o goleiro do Chelsea, um dos jogadores mais badalados do elenco belga, quase falhou feio. Nagatomo recebeu no lado esquerdo, cortou para o meio e bateu fraco. Mesmo com desvio em Osako, o camisa 1 foi confiante agarrar a bola, mas a deixou passar entre suas pernas, tendo que se esticar para recuperá-la perto da linha.

No segundo tempo, os japoneses voltaram a ameaçar primeiro, de quebra, abrindo o placar logo aos 3 minutos, em contra-ataque fulminante. Inui recuperou bola na defesa, passou para Shibasaki que enfiou em profundidade para Haraguchi, que se aproveitou de corte errado de Vertonghen, invadiu a área e bateu de direita para marcar.

Os belgas reagiram rápido ao golpe e ficaram a centímetros de empatar, logo aos 4, na saída de bola após o gol. A troca de passes começou no círculo central, até que Mertens passou para Hazard aparecer de trás e soltar uma bomba, acertando a trave esquerda.

Implacáveis, os Samurais Azuis ampliaram ainda aos 7 da etapa final, de novo após roubada de bola no ataque do adversário. A sobra ficou com Inui, que finalizou com precisão, acertando o canto esquerdo de Courtois, que se esticou todo, mas não evitou o gol.

Apesar da desvantagem, a Bélgica mostrava pouco ímpeto para ir buscar o resultado, por consequência, sobreviver na Copa. Em rara chegada com organização, aos 17, Meunier levou até a linha de fundo e cruzou para Lukaku, que ganhou no alto, mas cabeceou para fora.

Curiosamente, o time do bom toque de bola e do intenso volume ofensivo acabou marcando sem querer, aos 24 do segundo tempo, com Vertonghen, que se aproveitou de uma falha de Kawashina - que já havia saído mal do gol no começo do lance - e acertou uma cabeçada improvável quase da linha de fundo.

Saído do banco de reservas aos 20 minutos, pouco antes dos belgas marcarem pela primeira vez na partida, Fellaini, substituto de Mertens, apareceu para marcar de cabeça e deixar o duelo igual, após bela jogada e cruzamento preciso de Hazard pela esquerda.

Diferente do que ocorreu nos outros jogos que terminaram empatados e foram para a prorrogação nesta Copa, as duas seleções mostraram muita ambição de não jogar por mais 30 minutos. Aos 39, Honda, que havia acabado de entrar no lugar de Haraguchi, recebeu bola na esquerda, disparou e bateu cruzado, na rede, mas pelo lado de fora.

A Bélgica respondeu rápido e, aos 41, parou duas vezes em intervenções do Kawashima, primeiro em cabeçada de Chadli e depois em bola testada por Lukaku. No minuto seguinte, o goleiro japonês apareceu outra vez, desta vez quando Vertonghen concluiu, mas, em lance que acabaria invalidado por impedimento.

Nos instantes finais, foi a vez de Courtois brilhar e garantir o empate no tempo normal. Primeiro, aos 45, o goleiro impediu que Witsel desviasse para as próprias redes, após cruzamento de Inui. três minutos depois, Honda cobrou falta com categoria e parou no camisa 1.

Courtois, inclusive, foi decisivo na definição do placar, pois, na sequência da jogada, cortou escanteio, que resultou em arrancada de De Bruyne, passe para Meunier, que cruzou para Lukaku, que não finalizou, mas viu a bola passar para outro jogador que veio do banco, Chadli, fuzilar para o fundo da rede. 

Ficha técnica:.

Bélgica: Courtois; Vertonghen, Kompany e Alderweireld; Meunier, Witsel, De Bruyne e Carrasco (Chadli); Mertens (Fellaini), Eden Hazard e Lukaku. Técnico: Roberto Martínez.

Japão: Kawashima; Sakai, Yoshida, Shoji e Nagatomo; Hasebe, Shibasaki (Yanaguchi), Haraguchi (Honda), Kagawa e Inui; Osako. Técnico: Akira Nishino.

Árbitro: Malang Diedhiou (Senegal); auxiliado pelos compatriotas Djibril Camara e El Hadji Samba.

Gols: Vertonghen, Fellaini e Chadli (Bélgica); Haraguchi e Inui (Japão).

Cartão amarelo: Shibasaki (Japão).

Estádio: Rostov Arena, em Rostov-no-Don (Rússia).

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